quinta-feira, 7 de abril de 2016
terça-feira, 5 de abril de 2016
domingo, 29 de junho de 2014
Miastenia gravis
Trata-se de distúrbio autoimune
adquirido, caracterizado por transtorno na transmissão neuromuscular devido à
ação de anticorpos circulantes contra receptores pós-sinápticos da
acetilcolina, o que resulta em deficiência desta na placa motora (defeito
pós-sináptico). Nos EUA, a prevalência é de 1:20.000 indivíduos. A doença
acomete predominantemente mulheres com idade entre 20 e 30 anos; 85% dos
pacientes apresentam fraqueza e fadiga musculares generalizadas dos músculos
esqueléticos e 15% mostram alterações nas musculaturas extraocular e palpebral.
Há períodos de remissão e exacerbação espontâneas. A biopsia muscular raramente
é realizada, pois na grande maioria dos casos o quadro clínico e as provas
terapêuticas estabelecem o diagnóstico. (Bogliolo, 2011)
domingo, 16 de junho de 2013
Alopecia areata
A alopecia areata (AA) é uma afecção crônica dos
folículos pilosos e das unhas, de causa desconhecida, provavelmente
multifatorial com evidentes componentes auto-imunes e genéticos. Determina queda
dos cabelos e/ou pelos, por interrupção de sua síntese, sem que ocorra
destruição ou atrofia dos folículos, motivo pelo qual pode ser reversível.
A afecção pode iniciar-se em qualquer idade, embora
60% dos pacientes apresentem o primeiro episódio da doença antes dos 20 anos. Ambos
os sexos são igualmente afetados e alguns trabalhos estimam que cerca de 1,7%
da população apresente pelo menos um episódio de AA durante a vida.
Em geral, os doentes relatam perda importante de
cabelos e presença abrupta de áreas alopécicas. A lesão característica da AA é
uma placa alopécica lisa com coloração da pele normal atingindo o couro
cabeludo ou qualquer área pilosa do corpo.
A alopecia areata é doença multifatorial com componentes
auto-imunes, atuando em indivíduos geneticamente predispostos, cujas causas
reais permanecem desconhecidas, devendo-se considerar vários fatores:
- Fatores genéticos - São importantes na gênese da alopecia areata, como comprova a alta freqüência de história familiar positiva nos doentes, variando de 10% a 42% nas séries estudadas. A positividade da história familiar é maior nos indivíduos com início precoce da alopecia, alcançando 37% nos doentes com início do processo antes dos 30 anos e 7,1% quando a afecção se inicia após os 30 anos.
- Fatores imunológicos - Existem muitas evidências da participação de mecanismos imunológicos na patogênese da alopecia areata: a associação com doenças auto-imunes, a presença de anticorpos circulantes de várias naturezas e a presença, nos infiltrados inflamatórios que constituem a expressão histopatológica da alopecia areata, de células imunologicamente ativas.
Alguns estudos sugerem que o estresse emocional
contribua para o surgimento da alopecia areata, dada a observação de que
traumas emocionais precedem o processo e da ocorrência de alta prevalência de
alterações de ordem psíquica nos doentes.
Histopatologicamente é característica a presença
de infiltrado inflamatório linfocitário peribulbar, encontrando-se a maioria
dos pêlos terminais em um único estágio evolutivo: catágeno ou telógeno. Evolutivamente
os folículos vão diminuindo, formando os pêlos miniaturizados e sendo
substituídos por tratos fibrosos. Também são encontrados, em todos os estádios
da alopecia areata, eosinófilos tanto no infiltrado peribulbar como nos tratos
fibrosos.
EM BREVE...
Seminário Integrado de Dermatopatologia
uma parceria entre a Liga de Patologia e a Liga de Dermatologia da UFSJ.
Referências:
- RIVITTI, Evandro A.. Alopecia areata: revisão e atualização. An. Bras. Dermatol. [online]. 2005, vol.80, n.1, pp. 57-68. ISSN 1806-4841.
- BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo: Patologia, 8ª ed, Guanabara Koogan, 2011
quarta-feira, 29 de maio de 2013
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Novos Membros 2013
Desejamos as boas-vindas aos novos membros da LAPAT, aprovados no II Processo seletivo. São eles:
- Ana Beatriz Gervásio
- Caio Fidelis Campos de Aguiar
- Débora de Moura Fernandino
- Fernando Gonçalves da Silva
- Guilherme Milo Bárbara
- Natiely Lara Borges Santos
Equipe LAPAT
Melanomas Cutâneos
Melanomas
são neoplasias malignas. São mais comuns na pele e tem predominância em adultos.
Embora lesões diagnosticadas no início possam ser curadas, boa parte dos
melanomas ainda tem elevada mortalidade. Esses tumores representam 3% de todas
as neoplasias malignas, com incremento de 4 a 6% a cada ano na sua incidência.
O
melanoma cutâneo é um tumor maligno decorrente da transformação atípica dos
melanócitos, geralmente no nível da junção dermoepidérmica. Apesar de representar
somente 4% dos tumores malignos cutâneos, caracteriza-se por ter elevada
morbidade e mortalidade, sendo responsável por 75% das mortes causadas pelos
tumores cutâneos.
- No Brasil, a incidência estimada do melanoma é de cerca de 4 casos por 100 mil habitantes.
- A etiopatogênese é multifatorial, incluindo fatores genéticos e raciais, sendo que o principal fator de risco é a etnia.
- O elemento mais importante, na maioria dos tumores, é exposição excessiva à luz ultravioleta (UV). A melanina tem efeito protetor contra a radiação solar explicando a menor incidência em afrodescendentes, exceto quando são albinos ou em áreas de ausência de pigmento, com palmas, plantas, leitos ungueais e mucosas.
- Pacientes que tiveram melanoma têm maior risco de desenvolver um segundo melanoma independente do primeiro.
Existem 4
tipos principais de melanoma, diferentes na origem, na evolução e no
prognóstico:
- Melanoma do lentigo maligno;
- Melanoma maligno extensivo superficial ou pagetoide;
- Melanoma maligno nodular;
- Melanoma acral lentiginoso.
Dentre os tipos
citados, o Melanoma extensivo superficial ou pagetoide tem maior
incidência, cerca de 70% em indivíduos de pele
clara, não havendo diferença entre os gêneros. Apresenta-se em áreas não
expostas da pele, geralmente nas pernas em mulheres e no dorso em homens.
- Raramente é maior que 2,5 cm de diâmetro; tem tonalidade e saliência variadas; São lesões normalmente hipopigmentadas ou amelanocíticas.
- A lesão origina-se de melanoma pagetoide in situ, quase sempre dentro de 1 ano após o diagnóstico deste;
- A transformação maligna é denunciada por aumento da enduração, com aparecimento de ulceração e hemorragia;
- O índice de sobrevida de 5 anos é de 70%.
Fase inicial: crescimento radial ou horizontal, que pode estar confinada somente
à epiderme e que, portanto, é referida como um crescimento apenas in situ. A lesão é chamada de plana.
A lesão pode permanecer na epiderme ou pode evoluir
para segunda fase, que normalmente ocorre de 1 a 5 anos depois do seu
surgimento.
Melanoma do tipo superficial na região dorsal
Fase de
invasão da derme ou de crescimento vertical
clinicamente denominada melanoma disseminativo superficial com componente
nodular. Nessa fase, pode provocar metástases, tanto pela drenagem linfática,
quanto por via sanguínea.
A Sociedade
Brasileira de Dermatologia utiliza a seguinte regra ABCDE para avaliar a presença de neoplasia maligna:
- Assimetria da lesão;
- Borda irregular;
- Cor variável;
- Diâmetro maior que 6 mm na maioria das lesões;
- Evolução: crescimento, coceira ou sangramento.
Então,
Se houve aparecimento de nódulo à o tumor cresce verticalmente.
Se houve Irritação e sangramento à há rápido crescimento tumoral = pior prognóstico.
A pele que recobre as lesões de melanoma perde suas
estrias normais.
- Melanoma pagetoide pode surgir em áreas não cutâneas, como globo ocular, cavidades oral e nasal, genitália externa, vagina, uretra e região anal.
Em geral, lesões de mucosas têm comportamento mais
agressivo e pior prognóstico.
Melanoma extensivo superficial: fases radial e infiltrativa
Mitoses nos melanócitos
Melanócitos repletos de pigmento
VÍDEO: http://www.gbm.org.br/gbm/video/melanoma/melanoma.aspx
REFERÊNCIA:
- http://www.gbm.org.br/gbm/Default.aspx
- Antônio CMC, Jeferson O. Melanoma cutâneo: doença curável? Revisão de literatura e apresentação de um organograma de investigação e tratamento. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, 51 (4): 312-316, out.-dez. 2007
- BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo: Patologia, 8ª ed, Guanabara Koogan, 2011
- ROTTA, Osmar (Coord.). Guia de dermatologia: clínica, cirúrgica e cosmiátrica. Barueri: Manole, 2008. 725 p. (Guias de medicina ambulatorial e hospitalar).
Amanda Figueiredo
LAPAT-UFSJ
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