segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Novos Membros 2013

Desejamos as boas-vindas aos novos membros da LAPAT, aprovados no II Processo seletivo. São eles:

  • Ana Beatriz Gervásio
  • Caio Fidelis Campos de Aguiar
  • Débora de Moura Fernandino
  • Fernando Gonçalves da Silva
  • Guilherme Milo Bárbara
  • Natiely Lara Borges Santos

Equipe LAPAT

Melanomas Cutâneos


Melanomas são neoplasias malignas. São mais comuns na pele e tem predominância em adultos. Embora lesões diagnosticadas no início possam ser curadas, boa parte dos melanomas ainda tem elevada mortalidade. Esses tumores representam 3% de todas as neoplasias malignas, com incremento de 4 a 6% a cada ano na sua incidência.
O melanoma cutâneo é um tumor maligno decorrente da transformação atípica dos melanócitos, geralmente no nível da junção dermoepidérmica. Apesar de representar somente 4% dos tumores malignos cutâneos, caracteriza-se por ter elevada morbidade e mortalidade, sendo responsável por 75% das mortes causadas pelos tumores cutâneos.
  • No Brasil, a incidência estimada do melanoma é de cerca de 4 casos por 100 mil habitantes.
  • A etiopatogênese é multifatorial, incluindo fatores genéticos e raciais, sendo que o principal fator de risco é a etnia.
  • O elemento mais importante, na maioria dos tumores, é exposição excessiva à luz ultravioleta (UV). A melanina tem efeito protetor contra a radiação solar explicando a menor incidência em afrodescendentes, exceto quando são albinos ou em áreas de ausência de pigmento, com palmas, plantas, leitos ungueais e mucosas.
  • Pacientes que tiveram melanoma têm maior risco de desenvolver um segundo melanoma independente do primeiro. 
Existem 4 tipos principais de melanoma, diferentes na origem, na evolução e no prognóstico:
  • Melanoma do lentigo maligno;
  • Melanoma maligno extensivo superficial ou pagetoide;
  • Melanoma maligno nodular;
  • Melanoma acral lentiginoso.


Dentre os tipos citados, o Melanoma extensivo superficial ou pagetoide tem maior incidência, cerca de 70% em indivíduos de pele clara, não havendo diferença entre os gêneros. Apresenta-se em áreas não expostas da pele, geralmente nas pernas em mulheres e no dorso em homens.
  • Raramente é maior que 2,5 cm de diâmetro; tem tonalidade e saliência variadas; São lesões normalmente hipopigmentadas ou amelanocíticas.
  • A lesão origina-se de melanoma pagetoide in situ, quase sempre dentro de 1 ano após o diagnóstico deste;
  • A transformação maligna é denunciada por aumento da enduração, com aparecimento de ulceração e hemorragia;
  • O índice de sobrevida de 5 anos é de 70%. 

EVOLUÇÃO

Fase inicial: crescimento radial ou horizontal, que pode estar confinada somente à epiderme e que, portanto, é referida como um crescimento apenas in situ. A lesão é chamada de plana.

A lesão pode permanecer na epiderme ou pode evoluir para segunda fase, que normalmente ocorre de 1 a 5 anos depois do seu surgimento.

Melanoma do tipo superficial na região dorsal


Fase de invasão da derme ou de crescimento vertical clinicamente denominada melanoma disseminativo superficial com componente nodular. Nessa fase, pode provocar metástases, tanto pela drenagem linfática, quanto por via sanguínea. 


CARACTERIZAÇÃO

A Sociedade Brasileira de Dermatologia utiliza a seguinte regra ABCDE para avaliar a presença de neoplasia maligna:
  • Assimetria da lesão;
  • Borda irregular;
  • Cor variável;
  • Diâmetro maior que 6 mm na maioria das lesões;
  • Evolução: crescimento, coceira ou sangramento. 



Então,
Se houve aparecimento de nódulo à o tumor cresce verticalmente.
Se houve Irritação e sangramento à há rápido crescimento tumoral = pior prognóstico.
A pele que recobre as lesões de melanoma perde suas estrias normais.
  • Melanoma pagetoide pode surgir em áreas não cutâneas, como globo ocular, cavidades oral e nasal, genitália externa, vagina, uretra e região anal.

Em geral, lesões de mucosas têm comportamento mais agressivo e pior prognóstico.

 Melanoma extensivo superficial: fases radial e infiltrativa

Mitoses nos melanócitos

Melanócitos repletos de pigmento

VÍDEO: http://www.gbm.org.br/gbm/video/melanoma/melanoma.aspx

REFERÊNCIA:
  • http://www.gbm.org.br/gbm/Default.aspx
  • Antônio CMC, Jeferson O. Melanoma cutâneo: doença curável? Revisão de literatura e apresentação de um organograma de investigação e tratamento. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, 51 (4): 312-316, out.-dez. 2007
  • BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo: Patologia, 8ª ed, Guanabara Koogan, 2011
  • ROTTA, Osmar (Coord.). Guia de dermatologia: clínica, cirúrgica e cosmiátrica. Barueri: Manole, 2008. 725 p. (Guias de medicina ambulatorial e hospitalar).

Amanda Figueiredo
LAPAT-UFSJ