O câncer de laringe é um dos mais
comuns a atingir a região da cabeça e pescoço, representando cerca de 25% dos
tumores malignos que acometem esta área e 2% de todas as doenças malignas.
Ele pode se localizar acima das cordas vocais (supraglótico),
na porção onde se localizam as cordas vocais (glótico) ou abaixo, no início da
traquéia (infraglótico). Este câncer é, na maioria das vezes do tipo
epidermóide ou escamoso, ou seja, são as células que revestem a laringe que sofrem
alterações e se tornam malignas. Muitos são exofíticos (crescem em direção ao
lúmen) e vegetativos (aspecto de couve-flor).
Os principais fatores de risco para este tipo de
câncer são o fumo (de qualquer tipo) e o uso abusivo de bebidas alcoólicas. Pacientes que permanecem fumando
durante a radioterapia parecem apresentar menor índices de resposta ao
tratamento assim como sobrevida menor do que aqueles que pararam completamente
de fumar.
A confirmação diagnóstica é feita
por laringoscopia direta com biopsia, pré ou per operatoriamente. O tratamento
depende do estadiamento do câncer, podendo ser radioterapia, quimioterapia,
laringectomia parcial ou até laringectomia total. Os pacientes tratados de
câncer da laringe devem manter uma rotina de acompanhamento em busca da
detecção o mais precoce possível de qualquer recidiva, da lesão primária ou de
metástase cervical. Como é um carcinoma fortemente associado ao tabagismo e ao
etilismo, a prevenção ainda é a melhor opção. Hábitos de vida mais saudáveis
reduzem as chances de aparecimento desse tipo de carcinoma.
Referências:
Adriana Signorini
Acadêmica de Medicina
Secretária Geral da
LAPAT
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