O câncer de mama é o tumor maligno mais prevalente entre as mulheres. Segundo a American Cancer Society, cerca de 230 mil novos casos de carcinoma mamário invasor foram previstos para o ano de 2011 nos Estados Unidos, assim como cerca de 39 mil óbitos decorrentes da doença. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa é que em 2012 sejam diagnosticados no Brasil 52.680 novos casos de câncer de mama. O diagnóstico desse câncer depende da interação entre cirurgião, radiologista e patologista; este tendo o papel de destaque nessa equipe multidisciplinar, uma vez que compete a ele o diagnóstico definitivo.
Atualmente, os métodos mais utilizados pelos patologistas para o diagnóstico inicial do câncer de mama são a biópsia por agulha grossa e a punção biópsia aspirativa. Essas duas técnicas possuem vantagens e limitações, mas a biópsia por agulha grossa, mais comumente conhecida por core biopsy, tem sido cada vez mais adotada como procedimento padrão para o diagnóstico inicial do câncer de mama, pois, além de ser um procedimento relativamente pouco agressivo, possibilita análise histopatológica do tumor, ao contrário da punção por agulha fina, que possibilita apenas a análise citopatológica do material obtido. Além disso, dados de literatura indicam que a core biopsy possui sensibilidade e especificidade superiores às da punção biópsia aspirativa, tanto para o diagnóstico de lesões benignas quanto para o diagnóstico de lesões malignas.
Adaptado do Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, vol. 48. Fev. 2012
Autor: Alfredo Ribeiro-Silva
PhD em Patologia Humana; professor associado do Departamento de Patologia e Medicina Legal da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-Universidade de São Paulo (FMRP-USP).
Artigo completo:
Phelipe Gabriel
Acadêmico de Medicina
Presidente da LAPAT
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